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O desafio da inovação – Programas de ideias

Temas diversos | | 03.11.2011




Quando ouvimos falar em inovação, logo nos vêm à mente produtos de alta tecnologia ou sistemas revolucionários baseados em softwares poderosos.

Porém, para compreendermos a inovação sob a ótica dos nossos tempos, devemos considerar muito mais o conceito de evolução do que o de revolução.

Ao longo da história dos modelos de gestão, iniciada com a Revolução Industrial, vivenciamos transformações realmente radicais.

Conceitos como o da produção seriada ou mesmo avanços tecnológicos como a invenção dos computadores representaram uma gigantesca quebra de paradigmas e uma reinvenção no formato das organizações empresariais.

À medida que os modelos e processos de gestão foram amadurecendo, as grandes mudanças deram lugar a um processo de pequenas, porém, constantes melhorias.

É certo que a tecnologia avança como nunca antes, mas esta própria condição tecnológica nos permite assimilar as transformações de maneira muito menos traumática.

Neste cenário, onde a única certeza é a mudança, precisamos estar atentos a todas as oportunidades de melhoria que se apresentam e transformá-las nas grandes aliadas do nosso modelo de gestão.

Com este objetivo, muitas organizações implementaram programas de inovação e criatividade, onde seus colaboradores eram motivados a contribuir com o processo de aperfeiçoamento, apresentando propostas e sugerindo ações.

Não há dúvidas de que este tipo de iniciativa traz muitos resultados diretos e indiretos.

A empresa passa a contar com um grande grupo de observadores, presente no dia-a-dia das atividades e atento ao que pode ser melhorado.

Por outro lado, a abertura deste canal de comunicação e a disposição da empresa em ouvir as ideias de “sua gente” provocam um efeito motivador extremamente favorável à performance das equipes.

Porém, nem tudo são flores. Ao decidir implementar um programa deste tipo, você deve tomar alguns cuidados fundamentais:

  • Divulgação e inclusão:

Todo colaborador, independente da área ou nível hierárquico, pode ser uma valiosa fonte de ideias. Desta maneira, tenha a certeza de informar e incluir todos os quadros da empresa no programa.

  • Avaliação e retorno:

Um dos maiores motivos de descrédito e consequente fracasso dos programas de geração de ideias é a falta de avaliação e retorno das contribuições. Antes de lançar o programa, é fundamental que você tenha uma estrutura montada com capacidade para receber, avaliar e dar retorno a todos os participantes. Lembre-se ainda de estabelecer critérios claros para a aprovação ou não das ideias propostas.

  • Reconhecimento:

Embora esperemos que todos os colaboradores da empresa tenham a visão da melhoria contínua e sejam co-responsáveis pela sua efetivação, os programas de ideia sempre estão diretamente associados ao reconhecimento dos participantes.

Sendo assim, procure criar o clima de celebração, “premiando”, seja de maneira concreta ou apenas simbólica, aqueles que de alguma maneira contribuíram com o processo. Nesta ocasião, vale lembrar que o reconhecimento do superior frente à equipe pode valer mais que brindes ou outras formas de premiação.

 Após a consolidação do programa, você pode definir focos específicos para a captação de ideias, tornando-o ainda mais dirigido ao planejamento estratégico da empresa.

Acredite e invista no potencial inovador de sua equipe. Você verá que as respostas para muitas de suas questões se encontram bem mais próximas do que você imagina.

Leandro Tadeu Novi
Leandro Tadeu Novi é Mestre em Comunicação pela Universidade de São Caetano do Sul, com pós-graduação em Marketing e graduação em Engenharia Eletrônica. Sócio Diretor da Nova Atitude Comunicação, atua há mais de 20 anos nas Áreas de Marketing e Comunicação em empresas de diferentes segmentos. Professor universitário, é editor do Newsletter “O Universo da Comunicação Corporativa” e do Blog “Atitude Sustentável”.